!!Crítica!!: Aves de Rapina – Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa

Aves de Rapina é um filme quase que perfeito!

Os super-heróis tem passado por uma alta mudança de uns tempos pra cá. Cada vez mais tem se visto histórias diferenciadas como Deadpool, Logan, The Boys e Watchmen, todos com propostas de desconstruir o gênero (vamos excluir Joker já que o próprio diretor nega o fato de ser um filme de quadrinho) e agora chega aos cinemas Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa explorando a sem noção e cômica Arlequina, que não está sozinha, e sim muito bem acompanhada pelas ótimas Aves de Rapina. Com esse filme, a DC, consegue trazer mais uma vez os olhos pra ela, provando que está começando a acertar nos seus filmes e conquistando o coração do público, porque sim, Aves de Rapina é um filmão que você precisa dar uma chance agora.

O filme explora sua protagonista após um momento decisivo da vida. Sozinha, agora Arlequina precisa encontrar a si mesma e seu rumo na vida após o término de seu namoro, mas acontece que ela não é a única mulher em Gotham procurando por uma emancipação fantabulosa, Renee Montoya, Dinah Lance, Helena Bertinelli e Barbara Cain estão na mesma jornada tentando sobreviver ao terrível vilão Máscara Negra. Enquanto a personagem título está em sua busca ela acaba por se encontrar dentro de um jogo mafioso entre os personagens e acaba se vendo forçada a participar para continuar viva.

Crítica: Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa

Anti-heróis estão se tornando legais e Cathy Yan sabe disso. A diretora opta por uma trama não linear e até mesmo fantasiosa para explorar a cabeça de Arlequina e ela faz isso com maestria, a direção, constrói ambientes diferentes para cada personagem do filme, mas todos esses acabam por ter uma coisa em comum: a narração maluca de Arlequina. Yan encontra uma Gotham mais carnavalesca e mais urbana, sendo mostrada pelos olhos dos habitantes, diferente das outras adaptações da cidade. Também temos cenas de ação inovadoras para o gênero porque ela faz muito bem o uso da câmera, tem um aspecto muito próprio, faz ótimo uso dos planos sequências e de forma organizada. A diretora soube encontrar o foco de tudo! Cathy abraça todas as caricaturas das personagens, as HQs e mergulha em todo maniqueísmo que sua história pode oferecer para que o espectador esteja sempre em perfeita harmonia com o roteiro de Christina Hodson.

Falando em roteiro, Hodson, se mostra estudada e experiente em HQs. O roteiro consegue dar um desenvolvimento muito coeso para todas as personagens, tanto para a palhaça que é a que mais possui tempo de tela, quanto para as menores que já não estão no mesmo privilégio, mesmo na duração pequena do filme, o roteiro, consegue ser fechado e conciso no meio da irregularidade da cabeça da Arlequina. O filme faz total sentido!

Crítica: Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa

Margot Robbie está divina, depois de Esquadrão Suicida, a atriz, parece estar cada vez mais confortável e experiente com o papel, também pode ser um feito da direção que é muito superior, mas ela sabe apreciar a caricatura, tem todo um carinho pela personagem em sua atuação e sabe ser engraçada ao mesmo tempo que é violenta e feroz. Jurnee Smollet é uma ótima revelação como Canário Negro, uma atriz com uma voz eletrizando e muito aprofundada em toda a personagem, encarna muito bem a seriedade e melancolia em que se encontra no início do filme. Mary Elizabeth Winstead faz maravilhas com o pouco tempo de tela que é lhe dado. Rosie Perez e Ella Jay Basco estão muito boas também. Agora Ewan McGregor rouba a cena como o maquiavélico Ronan, e assim como Robbie, o ator sabe o ponto do personagem.

Crítica: Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa

Aves de Rapina é um filme quase que perfeito, mas dentro do falho universo DC ele é, o que era preciso para poder renovar e encontrar o universo. Agora a DC não pode deixar a peteca cair e precisa continuar dessa forma, explorando os seus personagens B e renovar os seus personagens que já foram apresentados, porque Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa prova que a editora não é ruim, só não sabia o que fazer. Ao mesmo tempo em que é um filme muito bem feito, ele é muito divertido e serve até como um diferencial de grandiosos como Esquadrão Suicida, Mulher-Maravilha e Aquaman. Este filme é um vencedor!

Nota: 9/10