Diretor de 007 – Operação Skyfall admite grande arrependimento por seu filme

Poucos discordariam que Skyfall de 2012 está entre os melhores lançamentos não apenas nos cinco filmes de Daniel Craig como James Bond, mas em toda a franquia. Mas apesar de tudo o que o diretor Sam Mendes conseguiu com o filme, alguns arrependimentos pairam sobre ele quando ele olha para o filme uma década depois. Mendes admitiu ao The Hollywood Reporter que ele “pensaria duas vezes antes de ter Bond nos telhados de Whitehall, com as bandeiras do Reino Unido, dados os últimos 10 anos de “incompetência em série do governo conservador de Londres”.

Os comentários de Mendes podem surpreender alguns leitores. Afinal, ele usou Londres com grande efeito, especialmente com o ataque de Silva que destrói a sede do MI6, provando que o vilão pode ferir gravemente a organização. Além disso, ninguém chamaria a franquia Bond de politicamente progressiva, pois segue as façanhas de um homem que mata pessoas para defender o Império Britânico e seus interesses financeiros. Mas para Mendes, o fervor do momento desequilibrou o filme.

“Nós olhamos para aquela época como uma espécie de era de ouro bizarra”, disse o diretor. “E Skyfall foi muito importante para o seu tempo como filme, e muito influenciado pelo fato de que havia um orgulho nacional genuíno sobre o país naquele momento.” Como ele explica, quando combinado com o 15º aniversário de Bond e Londres sediando as Olimpíadas, o orgulho nacional era difícil para os cineastas britânicos evitarem na época. “Então, acho que esse orgulho e a empolgação em torno disso foram filtrados e entraram no filme”, lembrou Mendes.

Apesar dessa apreensão, Mendes em grande parte olha para Skyfall com mais orgulho do que para Spectre, que chegou aos cinemas três anos depois. Onde o longo processo criativo em Skyfall permitiu que Mendes e seus colaboradores encontrassem momentos poderosos, como o teste de associação de palavras feito em Bond ou a cena do interrogatório de Silva, algo que eles não tiveram o luxo para a sequência.