Revisitando a trilogia !!Batman ‘O Cavaleiro das Trevas’!!

A trilogia ‘Cavaleiro das Trevas’ tem provavelmente os melhores filmes do Batman e todos foram dirigidos pelo impressionante Christopher Nolan que deixou sua marca registrada. Com a recente pandemia causada pelo vírus COVID-19 que tem atrapalho o lançamento de vários títulos em todo o mundo, resolvemos trazer uma crítica de cada um dos filmes da trilogia.

A trilogia ‘Cavaleiro das Trevas’ tem provavelmente os melhores filmes do Batman e todos foram dirigidos pelo impressionante Christopher Nolan que deixou sua marca registrada. Com a recente pandemia causada pelo vírus COVID-19 que tem atrapalho o lançamento de vários títulos em todo o mundo, resolvemos trazer uma crítica de cada um dos filmes da trilogia.

Batman Begins

Esse é o filme que marca o início da trilogia do Batman, onde temos a história de origem do personagem, e a abordagem de Christopher Nolan nesse filme se destaca muito, pois embora traga elementos das HQs (especialmente Ano Um e Longo dia das Bruxas), Nolan explora coisas que foram exploradas de forma bem superficial nas HQs, que no caso é todo o treinamento que Bruce Wayne teve quando foi embora de Gotham City para se preparar para combater o crime como Batman. Aqui vemos Bruce Wayne indo para vários países do mundo onde ele estuda a mente criminosa e no meio desse caminho ele conhece Ra’s Al Ghul que decide treinar Bruce. Toda essa construção do personagem é única e Nolan explora isso como ninguém, a forma que abordam Gotham City nesse filme é bem interessante, pois aborda um lugar onde crime domina tudo, domina desde políticos até pessoas menos afortunadas. Outro ponto alto do longa é Michael Caine como Alfred, pois nesse filme conseguimos sentir com clareza o que ele sente quando Bruce sai todas as noites para combater o crime.

Também vale falar sobre os vilões do filme, ‘O Espantalho’ e Ra’s Al Ghul. Cillian Murphy como Espantalho foi uma escolha certeira, pois ele consegue transmitir o intuito que o personagem tem, que é o medo. Falando sobre Ra’s Al Ghul, ele é simplesmente perfeito, de início o filme nos dá a entender que o Ra’s Al Ghul é o personagem de Ken Watanabe, porém no final do filme nos é revelado que na verdade Ra’s Al Ghul era a pessoa que treinou o Bruce, sendo uma sacada genial de Nolan quando o mesmo escreveu o roteiro.


Os outros personagens coadjuvantes deste filme também ficaram muito bons, Gary Oldman como Jim Gordon é simplesmente a melhor interpretação que tivemos do personagem no cinema, Morgan Freeman como Lucius Fox também se destaca, sendo um personagem fundamental para o Batman pois sem ele o Batman não teria metade de seus equipamentos, a única personagem coadjuvante fraca foi Katie Holmes como Rachel Dawes que teve uma interpretação que beirava ao esquecimento nesse filme.

Agora vamos ao ponto baixo do filme que são as cenas de luta que deixaram muito a desejar. A quantidade de cortes foi um ponto crucial para o fracasso desse ponto, pois muitas vezes não dava para saber o que estava acontecendo em determinadas cenas, e isso tirava até um pouco da empolgação de ver o Batman em ação nesse filme. O filme em um aspecto geral é muito bom, a abordagem ao Batman é única e Christopher Nolan faz praticamente tudo de forma magistral.

Nota: 9,5

Batman: O Cavaleiro das Trevas

Chegamos ao segundo filme da trilogia do Batman, que não só é o melhor dos três filmes mas também é o melhor filme de super heróis da história do cinema até os dias de hoje para muitas pessoas. Logo de cara o filme já nos dá uma cena icônica do Coringa de Heath Ledger assaltando um banco com os seus capangas, onde ele dá a ordem para que cada um matasse o outro durante o roubo, sendo que ele mesmo se mistura entre os capangas para que no momento final da cena o Coringa se revele e solte uma de suas várias frases inesquecíveis: “Eu acredito que o que não nos mata, só nos deixa mais estranhos”. Heath Ledger no papel de Coringa é sensacional e tudo nele é praticamente perfeito.

Vale lembrar que na época a escolha de Heath Ledger foi muito criticada por conta dele só ter feito filmes de comédia romântica, apesar de também ter feito 'O Segredo de Brockeback Mountain' com Jake Gyllenhaal onde foi indicado ao Oscar de melhor ator, entregando uma atuação impecável.


Voltando a 'Batman: O Cavaleiro das Trevas', temos a cena que provavelmente é a melhor do filme, que é a cena do interrogatório com o Batman, onde o Coringa mostra ao Batman que eles são apenas dois lados da mesma moeda, ambos para os olhos da sociedade, loucos. Ao decorrer do filme vemos Coringa tentando provar ao Batman de que ele está errado e que todas as pessoas são más e só agem normalmente porque temos um sistema que impede que todos percam a cabeça. Este tema remete muito a realidade, pois leva quem está assistindo a pensar no modo que as pessoas do cotidiano agem.

A interpretação de Cristian Bale como Batman nesse filme continua a altura. Nolan aborda mais o lado detetive do personagem, onde vai seguindo cada pista que o Coringa deixa de pessoas que ele vai matar, chegando até a fazer o Batman a utilizar recursos como invadir celulares de todas as pessoas da Gotham, tocando em outro assunto delicado, que é a questão da privacidade das pessoas.


Os outros personagens coadjuvantes nesse filme tem maior destaque, tal como Gary Oldman como Jim Gordon, Morgan Freeman como Lucius Fox. Nesse filme tivemos uma troca de atrizes que no caso foi da personagem Rachel Dawes que foi interpretada por Maggie Gyllenhaal. A personagem acabou ficando com um peso dramático bem maior, principalmente quando envolve Bruce Wayne e Harvey Dent.

Em relação as cenas de ação desse filme, elas estão bem melhores do que o anterior.

Nota: 10,0

Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge

Chegamos ao terceiro e último filme da trilogia que encerra a história de Bruce Wayne como Batman. Esse é o filme mais fraco da trilogia, porém ainda é um ótimo filme e encerra muito bem a trilogia que se iniciou em 2005.

Aqui temos um salto temporal de 8 anos após aos eventos do segundo filme, que termina com o Batman assumindo a culpa pelos crimes do Duas-Caras, e de início vemos Gotham com o índice de crimes reduzido graças a lei Harvey Dent que foi criada após a morte dele. O filme acerta em cheio na abordagem das consequências da decisão de Gordon e do Batman no final do último filme, pois embora eles tenham vencido, foi uma vitória baseada em uma mentira e Gordon nesse filme chega no seu limite para contar a verdade ao povo. Isso sem contar Bruce, que após o que aconteceu se isola na mansão Wayne e ninguém o vê em público a 8 anos. Também temos um Bruce Wayne mais envelhecido e com problemas em sua perna.


Outro destaque desse filme é Michael Caine como Alfred, que aqui transparece mais o lado paterno sendo totalmente contra Bruce voltar a sua vida como vigilante. O vilão do filme dessa vez foi Bane, interpretado por Tom Hardy de forma impressionante. No entanto, o que atrapalha o personagem é o plot twist do final que é quando Talia Al Ghul se revela como a real vilã do filme, que é uma repetição do plot de Ra’s Al Ghul no primeiro filme, o reduz Bane a um capanga, sendo que antes víamos que ele era bem mais do que isso. Outro ponto fraco do filme é o tempo, pois Christopher Nolan parece não saber lidar muito bem com isso.


Duas ótimas adições desse filme foram Anne Hathaway como Mulher Gato e Joseph Gordon-Levitt como John Blake. Anne Hathaway ficou bastante fiel a personagem dos quadrinhos. Também temos uma exploração do relacionamento dela com o Batman que é muito bom. O filme dá várias pistas de que vai haver uma passagem de manto do Batman no final e é exatamente isso que acontece, o final mostra Blake encontrando a Batcaverna e assim havendo a passagem de manto do Batman, o que tornou o personagem algo maior do que um vigilante, se tornando um símbolo de justiça.

Nota: 8,5