Simu Liu

Simu Liu critica o uso de IA em Hollywood e defende atores figurantes

Ator da Marvel rebate proposta de substituir figurantes por inteligência artificial para reduzir custos

Simu Liu critica o uso de IA em Hollywood e defende atores figurantes

O ator Simu Liu, conhecido por interpretar o herói em Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, manifestou-se publicamente contra o uso de inteligência artificial (IA) para substituir figurantes humanos em produções de Hollywood. A declaração veio após comentários do investidor e apresentador de Shark Tank, Kevin O’Leary, que sugeriu que a IA poderia ser usada para reduzir orçamentos de filmes, eliminando a necessidade de figurantes reais.

O’Leary argumentou que muitos filmes gastam milhões de dólares com cenas que incluem centenas de figurantes, propondo que “agentes de IA” poderiam preencher esses papéis de fundo sem custo humano.

“Essas pessoas ficam 18 horas acordadas, completamente vestidas, e muitas vezes nem aparecem de forma relevante no filme. Por que não colocar agentes de IA no lugar delas e economizar milhões?”

A resposta de Liu veio de forma direta nas redes sociais. O ator criticou duramente a ideia, chamando atenção para a desigualdade dentro da indústria cinematográfica:

“Claro, culpe os figurantes que ganham de 15 a 22 dólares por hora, lutando para sobreviver — e não as pessoas acima da linha que ganham milhões”.

A posição do astro reflete uma preocupação crescente entre profissionais de Hollywood sobre o impacto da IA no emprego de artistas e técnicos. Durante a última greve do SAG-AFTRA, o uso de IA para recriar digitalmente rostos e corpos de atores foi um dos principais pontos de conflito entre sindicatos e estúdios.

Liu se une a nomes como Guillermo del Toro, que recentemente afirmou que “preferiria morrer” a usar IA em seus filmes, comparando a tecnologia ao cientista Frankenstein, que tentou desafiar a natureza ao criar vida artificial.

A discussão reforça o embate ético e econômico entre avanços tecnológicos e a preservação da arte e do trabalho humano no cinema, um tema que deve continuar dividindo a indústria nos próximos anos.